
Quem viveu os anos 80 e 90 no Brasil certamente se lembra da famosa vassoura Feiticeira. Ela era de ferro, tinha uma escova rotativa e um compartimento de armazenamento do material recolhido. Tudo funcionando sem precisar de eletricidade.
A Feiticeira era, originalmente, uma marca brasileira, que produzia as vassouras. Com o tempo, o termo feiticeira passou a ser associado ao estilo de vassoura com escovas rotativas, independentemente da marca. Era um objeto de desejo nas casas brasileiras.
Tinha a compact plus, a 2000. Tinha até modelos com três escovas. Bastava um movimento para frente e para trás, e pronto: farelos, cabelos de cachorro, restos de pão, tudo sendo engolido por um compartimento interno que mais parecia um espaço sideral. Isso se confirmava no momento de limpar o reservatório.
O verdadeiro encanto revelou-se quando, acreditando que a Feiticeira já havia revelado todos os seus encantos, eis que surge a Feiticeira de mesa. Implacável com as migalhas do pão.
Pesquisei na internet e descobri que a vassoura Feiticeira foi criada pela Feiticeira Indústria e Comércio Ltda, uma empresa de Pelotas, no Rio Grande do Sul, especializada na fabricação de utensílios de limpeza doméstica. Diz lá: a tradicional queridinha do Brasil desde 1971.
Ou seja, a vassoura mágica ainda está à venda. Formalmente, claro. Porque no imaginário popular a Feiticeira foi derrotada pela modernidade. Transcendeu da categoria de utensílio doméstico. Passou a fazer parte da história.