É impressionante como a falta de liberdade, muitas vezes, é o que liberta o ser humano. Enquanto estamos envoltos nos compromissos do trabalho e na correria da família, tocamos a vida numa rotina que cansa, mas que em sua inevitabilidade conforta. Por outro lado, quando rompemos a rotina e convivemos com o vazio, a ansiedade aumenta, pois diversas opções surgem e precisamos optar por caminhos novos, tomar decisões diferentes, correr o risco do erro e da frustração. Mais ou menos como afirmar que a privação da liberdade liberta mais que a liberdade. Ou que a escravidão, de certa forma, tranquiliza e protege a alma do escravizado frente ao desafio da liberdade e do livre arbítrio.