
Ela era bitolada em academia, em manter o corpo em forma, no cuidado com a aparência, criteriosa com tudo que comia e bebia. Tinha a sua disposição o homem que quisesse.
Todavia, era tarada por homens beberrões. Sim, maconheiros e junkies em geral. Só ia para a cama com eles.
Era fascinante. Um contraste tão gritante que parecia coisa de laboratório. Ela buscava fibras enquanto eles a fumaça. Ela acumulava saúde e eles acumulavam histórias.
Se perdia linda, como quem finalmente respira fora da gaiola. Voltava para casa de madrugada.
E, no dia seguinte, claro, lá estava ela, de volta à academia, levantando pesos como quem carrega segredos.